sábado, 21 de novembro de 2009

Apenas mais um clichê filosofico


Ah! Sinto uma necessidade, ainda não fundamentada, como se uma falta, por mim desconhecida, crescesse minutos seguidos. Há toda hora uma sensação perdida, o desejo de uma mão firme segurando a minha. Diriam alguns que sofro a metamorfose de crença, que minha alma cética me leva ao caminho de uma "verdade" de fácil explicação, mas sem facilidade de aceitação.
Eu tenho certeza(talvez não) de que não é de um deus que necessito. Com minha ultima afirmação eu impus uma duvida, mas explico. Não é de um deus extremamente perfeito, infinitamente bondoso, extremamente poderoso, etc, que preciso. Esse deus não existe. É claro pra mim que todas essas qualidades divinas(ou não) são fruto de uma falta em mim mesmo.
Eu não sou perfeito(o que é perfeição?) por isso, como ser humano, criei um ser perfeito para que me sirva de modelo. Eu não sou infinitamente bondoso(o que é bondade?) por isso criei esse ser bondoso com o mesmo objetivo proposto anteriormente. Então! O que me falta? Talvez sentir que existo, indo além do velho pensamento cartesiano.
De fato o cartesianismo ainda me é presente, a partir do momento em que duvido. Mas meu alem também se faz presente quando sinto um desejo oculto, ainda não claro, e percebo que o amo. Ele é intenso, mas essa intensidade não o faz importante. Então o que o faz?
A intensidade exprime-se como o volume, meu desejo é volumoso, eu sinto isso, até vejo isso. Porém entende-se que esse volume pode ser desgastado, isso discorre em certo tempo. Ponto! É isso. O tempo. Meu desejo se torna importante dependendo do tempo em que se faz presente. Ah! E o tempo? Como percebo o tempo? Por ponteiros que correm na medida em que passam os segundos? E tudo que veio antes? Isso não importa? Como não? Foi necessário que o antes existisse pra que chegasse o agora. Perceba, o agora que proferi antes se fez um antes. Talvez tenha fugido da finalidade das minhas indagações! Quanto ao meu desejo, torno a dizer que o amo. Como ama-lo sem saber ao que ele se lança? Essa é fácil! Só pode haver posse daquilo que foi desejado, então se existe um desejo é possível que haja posse. Isso angustia, pois a possibilidade também tange a não posse.

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