sexta-feira, 9 de julho de 2010

Orando!

Ah minha vida...
Deixe que um dia,
Ao menos um dia,
eu possa amar em paz!
Iludindo-me de que esse amor seja tudo
e nada em mim mesmo...
Deixe que me zombem
e que eu,
de posse de todas minhas convicções
e certezas,
possa justificar minha ilusão...

Deixe que eu faça uma ideia
só minha desse amor.
Que este "EM SI"
escape de minha concepção
e que eu viva
plenamente e inocentemente
este sentimento,
que não deixa de ser uma sensação.

Que um dia eu possa esquecer
a mim mesmo,
esquecer outras possíveis vontades
e desejos...
Pra que pacifique
a minha trajetória apaixonada.

E que seja Ela.
Sabe aquela?
Isso...
Ela mesmo,
por quem guerreio.
Que seja dela
o meu amor
CEGO...

Incógnito...

Uma me consome
como um cigarro aceso
na boca de um fumante viciado,
até as ultimas forças de sua tentação.

Outra ressurge em meus pensamentos
como uma FÊNIX,
Renascida das cinzas
do cigarro tragado por uma.

Uma me encanta,
com todo seu amor em chamas
e ciência de que eu posso ser melhor,
mas eu sei de mim.
E sei que não!

Outra reencanta,
desejo cada centimetro,
cada menção de seu sexo,
cada possibilidade
de que possa me amar.

Que grande homem sou eu...
Escravo de duas mulheres!
Uma por quem insisto em acreditar
que mudarei e serei perfeito
por ela.
A outra por quem esperei
e ainda espero que me ame...
De verdade.