sábado, 21 de novembro de 2009

O rei dos ratos.

Antes de escrever o que realmente deve ser escrito aqui, vou introduzir explicando um pouco sobre o texto que vem a seguir. Bem, eu sou aluno do curso de licenciatura e bacharelado em filosofia pela Universidade Federal do Pará, isso me deu a oportunidade de conhecer varias pessoas incríveis, dentre elas a pessoa que escreveu esse texto. Um grande amigo que me ajuda a entender certos significados e as vezes me enrola com outros significados também. Roberto Lopes, também aluno de filosofia, tem uma grande compreensão quando o tema abordado é sobre linguagem e relações de sujeito e objeto(essa relação é bem explicita socialmente, o texto trata disso). Com "O REI DOS RATOS" Roberto faz uma analogia sobre os donos de meio de comunicação influenciando no pensamento de massa. Um rei tentando proteger seu povo, a partir da visão que eles tem do homem como seu melhor amigo, mas o rei é simplesmente um rato. Bem deixemos de bla bla bla e vamos com o texto.


O rei dos ratos
O homem é dono desse mundo... Seu império é vasto e antigo, porém incontrolável, comparado a uma sepultura rica, com detalhes e adereços externos, mas cuja base é obscura e o interior é asqueroso, assim é, muito mais nesses tempos, o modo de vida que o humano criou para si. Um conjunto de normas que induzem à infração, leis que são contra a paz, pois esta é oposta as leis, uma serpente que engole a própria cauda... O reino dos homens, ou de alguns dentre eles, tende ao lixo.
Palavras do REI. Jornal Diário dos ratos e Liberal dos Ratos, fala o que quer,
lê quem acreditar. Ontem.
O discurso do Rei aquece o coração de seus súditos, no seu domínio insuportável, velado pelas sombras e pelo nojo, o soberano é saudado pelos ouvintes... "Viva! Viva! Ao nosso rei, domador das pulgas, controlador da peste, ele é tão poderoso que sua urina mata dez homens. Salve ó Rei dos ratos!"
- Eu falo a vocês, meus servos... Súditos... Seguidores... Com-pa-nhei-ros... Irmãos. Um risco se aproxima, querendo ameaçar a nossa paz, é o Apocalipse.
Ti, ti, ti, ki, ki, ki, os ratos ficam agitados.
- Calma! eu resolverei tudo, eu prometo. A pouco tempo soube que os homens se destruirão acabando com o mundo, isso é terrível para nós; logo nós os ratos que amamos tanto os humanos, eles que são os maiores colaboradores para a prosperidade do nosso reino.
Nós que estamos sempre por perto, desde Roma, roendo a roupa do rei, nos porões de Colombo... Hoje nas cozinhas do "meque donalde"...`
É triste como somos desprezados, e a TV sempre fica do lado dos cachorros, as pessoas nem pensam quanto gasto dá um cão, e nós ratos só queremos que joguem o lixo fora; conosco uma pessoa nunca vai se sentir só, afinal existem no mínimo três ratos para cada homem nas cidades.
Mas eu digo, ratos do país, se unam! Principalmente os do governo! Se esgueirando pelas brecha e guardando o máximo de sujeira que puderem em baixo do tapete. Porque nós ratos salvaremos o homem da destruição, ajudando eles a ter dinheiro na mão, porqueeee....
- QUANTO MAIS GRANA NA MÃO, MAIS LIXO NO CHÃO! - Gritam os ratos.
- OBRIGADO. - Diz o rei terminando o discurso.
- Uma salva de palmas ao rei dos ratos, ÊÊÊ!!!

Apenas mais um clichê filosofico


Ah! Sinto uma necessidade, ainda não fundamentada, como se uma falta, por mim desconhecida, crescesse minutos seguidos. Há toda hora uma sensação perdida, o desejo de uma mão firme segurando a minha. Diriam alguns que sofro a metamorfose de crença, que minha alma cética me leva ao caminho de uma "verdade" de fácil explicação, mas sem facilidade de aceitação.
Eu tenho certeza(talvez não) de que não é de um deus que necessito. Com minha ultima afirmação eu impus uma duvida, mas explico. Não é de um deus extremamente perfeito, infinitamente bondoso, extremamente poderoso, etc, que preciso. Esse deus não existe. É claro pra mim que todas essas qualidades divinas(ou não) são fruto de uma falta em mim mesmo.
Eu não sou perfeito(o que é perfeição?) por isso, como ser humano, criei um ser perfeito para que me sirva de modelo. Eu não sou infinitamente bondoso(o que é bondade?) por isso criei esse ser bondoso com o mesmo objetivo proposto anteriormente. Então! O que me falta? Talvez sentir que existo, indo além do velho pensamento cartesiano.
De fato o cartesianismo ainda me é presente, a partir do momento em que duvido. Mas meu alem também se faz presente quando sinto um desejo oculto, ainda não claro, e percebo que o amo. Ele é intenso, mas essa intensidade não o faz importante. Então o que o faz?
A intensidade exprime-se como o volume, meu desejo é volumoso, eu sinto isso, até vejo isso. Porém entende-se que esse volume pode ser desgastado, isso discorre em certo tempo. Ponto! É isso. O tempo. Meu desejo se torna importante dependendo do tempo em que se faz presente. Ah! E o tempo? Como percebo o tempo? Por ponteiros que correm na medida em que passam os segundos? E tudo que veio antes? Isso não importa? Como não? Foi necessário que o antes existisse pra que chegasse o agora. Perceba, o agora que proferi antes se fez um antes. Talvez tenha fugido da finalidade das minhas indagações! Quanto ao meu desejo, torno a dizer que o amo. Como ama-lo sem saber ao que ele se lança? Essa é fácil! Só pode haver posse daquilo que foi desejado, então se existe um desejo é possível que haja posse. Isso angustia, pois a possibilidade também tange a não posse.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Reflexão

De onde surge a afirmação Nietzschiana de que "amamos o nosso desejo"? Pensasse demasiado no objeto a qual o desejo é lançado, mas o que seria desse objeto sem o desejo do sujeito? O que seria do sujeito sem desejar qualquer objeto?
Caso aconteça tal situação, de forma totalitaria, é possivel dizer que o próprio conhecimento seria posto em risco. Até mesmo o conhecimento nasce de um desejo, este por sua vez é o primeiro passo para a conquista, sem ele não há buscas.
Apeguemo-nos aos nosso desejos!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Anti - filosófico

“O que é?”
“Pra que serve?”
O pragmatismo
Entranhado na mentalidade alheia.

Minha filosofia se dá nos becos,
Cortiços,
Vilas...
A poesia
Enraizada nos gritos
Da periferia!
Quanto aqueles senhores,
Eruditos, Acadêmicos,
Presos em paredes de biblioteca
Ainda se apercebem como sábios
E vêem-nos como senso comum.
Aqueles senhores
Me dão a certeza socrática
Cada vez que os vejo, os escuto.
Mas a certeza é anti-filosófica,
Se Behr me permitir essa única certeza!

Eu quero é mais estar errado sentindo,
Que encontrar a verdade pensando!
Pensar é humano,
Sentir é divino.
Sinto a terra seca nos meus pés
Quando, feito criança, brinco descalço
Nas ruas empoeiradas de minha infância...
Sinto o “cerol” cortar meus dedos
Naquelas tardes “chinando” e “cabeceando” pipas e rabiólas
Sonhando alcançar o mesmo céu que elas alcançam!
Sinto o gosto amargo da cerveja bem gelada
Acompanhada por grandes amigos
Num desses bares de beira de esquina!

Eu quero é mais estar errado sentindo,
Do que encontrar a verdade pensando.

Quero estar errado sentindo
Os seios da minha morena,
Sentindo os seus beijos.
Quero estar errado
Com meu corpo sobre o dela.
O que eu mais quero
É estar errado!

Talvez eu seja anti-metafísico.
O que importa?
Prefiro viver a verdadeira filosofia humana
Assalariada,
Mas sem esquecer a luta.